Gênero: Esporte
Produtora: Nintendo
Distribuidora: Nintendo
Lançamento: 19/11/2006
Nota: 7,9

A Rê Viu
Lembra de quando vendia lá os Master Systems da vida, com Alex Kid na memória? Pois é, faz tempo que videogames não vêm com jogos originais nas suas caixas, né? É, faz, mas a Nintendo, até fazendo algo que não se via há mais de uma década, consegue ser revolucionária.


Pessoas limpas e felizes jogando Wii Sports

Enviado junto ao console, Wii Sports é um brinde e tanto para os felizardos que adquirem um Nintendo Wii verem um pouquinho da interação que o Wiimote oferece.
O game traz cinco modalidades de esportes: tênis, beisebol, golf, boliche e boxe, cada um com o seu lado bom e o ruim, porém todos (ou quase) com ótimos controles, e, como diria Jack, vamos por partes:


Se pino tivesse queixo essa teria acertado!

Os cenários são simples, porém com alguns efeitos bonitinhos, principalmente no golfe. Nas partidas, o game utiliza os Miis armazenados na memória do console como personagens, ou seja, no geral, Wii Sports tem um visual bem básico, e com o áudio é a mesma coisa, mas tudo está dentro do contexto.

O nível de dificuldade vai avançando conforme o seu desenvolvimento em cada categoria, com valores que vai de zero a dois mil, sendo que, passando de mil, tu já é considerado profissional.


Aaatchuulll

No tênis (sempre jogos de duplas) você escolhe disputa de um, dois ou três games e se quer controlar um, dois ou até os quatro jogadores da quadra. O personagem se movimenta sozinho, portando você só precisa dar as raquetadas. O que define o ângulo da rebatida é o momento em que você solta o braço, por exemplo: se você está no meio da quadra e a bola vem na sua direita, se a rebatida tocar na bola cedo, ela irá para a esquerda, se tocar na bola num meio-termo, ela vai reta e, se tocar nela um pouco atrasado, ela vai para a direita.


Ugh!

No começo todo mundo apanha um pouco. Tenistas de verdade terão mais facilidade, pois a maneira com que se bate na bola é refletida em seu movimento, porém sem a existência de slice (efeito em que a bola gira ao contrário). A única merda é que um joguinho de simples faz falta.

O beisebol, no começo, é o que todo mundo acha chato, mas depois perde várias horas jogando.


Pomba safada!

É o mais básico, pois você só precisa rebater ou lançar a bola, o resto (correr e pegar as bolas rebatidas) é feito automaticamente, mas depois que se pega as manhas, só o fato de rebater e arremessar se torna interessante, ficando como ponto negativo o fato de ser muito básico.

No golfe é onde se encontra os gráficos mais bonitos... se não olharmos para o Mii, nem parece que estamos jogando Wii Sports.


A bolinha estava suja mesmo...

Neste, para fazer as tacadas é preciso considerar, além da força, o vento, mostrado num graficuzinho no canto superior esquerdo da tela para definir o ângulo ideial e, de acordo com o seu movimento de tacada, a bola vai mais alta, mais baixa, mais pra direita, mais pra esquerda e tals, sendo um problema quando é necessario encaçapar bolas próximas do buraco... com um tempo dá pra pegar as manhas, mas a precisão é um pouco tosca nesses momentos, sem contar que se o cidadão fizer um movimento muito amplo para trás precedendo a tacada, é entendico como a tal e tu se fode de verde e amarelo, então tem que tomar alguns cuidados nessa modalidade.


Tem um aipo aí?

O boliche é o mais sossegado. Colocando para os lados no direcional, você regula o posicionamento do jogador e, apertando A, o ângulo (totalmente desnecessário, a não ser que você queira fazer graça). Para lançar a bola basta apertar B que o Mii começará a correr, aí é só ter uma sincronia que qualquer avó consegue para soltar o B e lançar a bola, lembrando que a finalização do movimento dá efeito na dita-cuja.


Duvido alguém dar uma rasteira nessas duas de amarelo

Este, apesar de ser o mais sossegado pra se jogar, é o mais dinâmico e interessante para partidas multiplayer, que permitem a participação de até quatro jogadores com um só Wiimote, porém é o mais chato de se jogar sozinho.

O Boxe é o único que utiliza o Nunchuck (que também tem seus movimentos reconhecidos) e o mais impreciso nos controles. É o que mais cansa e tirar suor (o que o leva a ser odiado pelos mais nerds) e o que acaba sendo menos jogado.


Tá deixando o cavanhaque? Deixa eu também!

Fora os esportes em si, há três treinos para cada um, que bota sua pontuação num ranking, e o Wii Fitness, que pega três treinos aleatórios, considera a pontuação e te dá uma idade virtual (quanto mais novo, melhor) que fica armazenada na memória do Wii. Detalhe: o Wii Fitness só pode ser feito uma vez por dia.


Joga logo essa maçã!

Resumindo, Wii Sports é um puta brinde que gera muita diversão mesmo com um só controle. Não é nada pra se aprofundar, mas serve pra dar asas à imaginação, pois com ele dá pra se pensar em como será um possível Virtua Tennis ou Fight Night.

Prós e contras
- Divertido pra caralho
- Ótimo para multiplayers
- Até a avó pode jogar (e ganhar)
- Poderia ter melhores gráficos
- Muito superficial, enjoa logo pra jogar sozinho

Vídeo

Testado com os games: Wii Sports e Zelda: Twilight Princess
Nota: Pra quê?

A Rê Viu
Depois de amargurar um terceiro lugar na penúltima geração de consoles com o seu Game Cube, a Nintendo resolveu revolucionar, seguindo os passos de sua vitória nos portáteis com o Nintendo DS, ela batizou inicialmente o seu projeto de Revolution, apresentando a arma que faria juízo ao nome: o controle.



Passada a empolgação e as marketices, eles resolveram chamar o bicho de Wii, pelos ii lembrarem a forma de seu joystick e pela analogia a "we" (para os desinglesados, nós, na língua do tio Sam), pois os chefões da Big N falavam que qualquer ser com meia dúzia de neurônios sãos conseguiria jogar, ou seja, atá aquela tetravó poderia virar uma gamer jogando de sua cadeira de rodas, e realmente os caras conseguiram.



Ao abrir a pequena e pesada caixa branca, você encontra duas gavetas de papelão azul com os itens dispostos de maneira muito simples: maniais e controles em cima, console, fonte e cabos embaixo. A instalação é ultra-simples, como qualquer outro videogame, com o diferencial de existir a barra sensorial, que deve ser colocada em cima ou abaixo da TV, fixada ou não, fica a gosto do cliente. O mais interessante é que, mesmo depois de instalar o dito-cujo, a caixa dele continua pesada, dada a quantidade de manuais que vêm junto.



Com o bixo ligado, é preencher alguns campos, como data, hora e tals, tudo apontando o controle para a tela. O sistema operacional é ultra-simples, não no sentido de limitado, e sim no de objetivo. Exibindo janelas, como se fossem pequenas telas de TV, ele mostra o que há de disponível no console, inclusive o game inserido, que não inicializa automaticamente, sendo sempre necessário acessá-lo atravez do sistema operacional.



Inicialmente é exibido, além da janela com o jogo, o Mii Creator, o Photo Channel (editor de fotos), o Wii Shop Channel (para comprar jogos do Virtual Console), o Forecast Channel (previsão do tempo) e News Channel (notícias). Depois de algumas atualizações, outras coisas são inclusas, mas tudo depende da sua disponibilidade de fazer os downloads.

O Mii Creator é um editor de avatares (a sua imagem num mundo virtual), no caso, bonecos caricatos que lembram Playmobils. Não é obrigatório criá-los, mas é um atrativo a mais jogar alguns games (incluindo o Wii Sports) com uma caricatura de você mesmo. Vários Miis podem ser feitos e armazenados na memória interna do console.



Falando em memória interna, o Wii dipensa memory cards para a gravação dos saves, pois faz uso de 512Mb de memória para você gravar não só seus Miis e saves, como jogos comprados no Virtual Console e as atualizações do sistema operacional. Há também a possibilidade de utilizar cartões sd e pen drives usb.

Para navegar na internet o Wii conta com o browser Opera, com suporte pra flash e tals, o que permite até download de jogos em tal formato, sem contar o editor de games para qualquer um criar os seus.



Alta resolução? Não tem, mas essa não é a proposta da Nintendo, e quem precisa disso quando se pode jogar com controles ultra-precisos quando se quer seriedade e descontraídos quando se quer diversão? Mesmo assim, os gráficos dos games não são ruins, como a propria Nintendo disse, é um Game Cube melhorado, o que não é algo ruim; pode até pesar daqui há algum tempo, mas hoje é o de menos.

E, aproveitando a deixa, ele roda também jogos do Cubo, mas para isso é preciso utilizar os controles originais do mesmo, tal como seus memory cards, acoplados num compartimento na parte superior do console, pois a sua memória não grava os saves do antecessor (essa eu confesso que não entendi).



Falando do funcionamento com games, a jogabilidade é tão intuitiva que na grande maioria das vezes nem é necessário ler as instruções que aparecem na tela. A captação dos movimentos é perfeita, claro que tem seus macetes que os viciados de plantão pegam rapidex, mas realmente, qualquer um, com o mínimo de empenho, mesmo sem nenhuma história anterior com games, consegue botar um pânico no dono do console e, quem sabe, até ganhar do dito-cujo, principalmente quando o aparelho é novidade na casa.



O Nintendo Wii chegou chegando e abalando, esgotando seus estoques a cada lote, enquanto os PS3 encalham nas lojas. Se vale a pena? Ô, se vale, vale esperar para o preço abaixar um pouco? Talvez, mas enquanto o preços nos EUA estiver em 250 dólares, a menos de 800 ele não será vendido por aqui, portanto, junta as moedas aê, faz um sox foot aê e corre atrás do seu, meu filho!

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